sábado, 8 de novembro de 2014

Observação das fases da mitose em células vegetais

     Nesta aula prática foi proposto analisar as diversas fases da mitose , visto que é pouco provável observar a interfase, devido à fraca visualização dos cromossomas, isto acontece porque estes se encontram estendidos por todo o núcleo, isto é, descondensados.

Ciclo celular

     O ciclo celular é composto por dois períodos, um de divisão e outro de crescimento e organização celular. Isto é , é constituído pela interfase e pela mitose.


Interfase

     A interfase é um período relativamente longo quando comparado com a mitose.
     Durante este período, a célula procede à sintese de diversos constituites, o que conduz ao crescimento e à maturação. Desta forma, a célula prepara-se para uma nova divisão celular( mitose).
     A interfase é constituída por três períodos: G1, S e G2.


     G1:  (Pós Mitótico) São produzidas moléculas de RNA para sintetizar proteínas, lípidos e                            glícidos. Ocorre crescimento celular. No caso de a célula não sofrer mais divisões entra na                  fase G0 durante longos períodos de tempo.

     S: (Síntese de DNA) Caracterizado pela replicação do DNA, por replicação semiconservativa. Ao            DNA replicado associam-se histonas, formando-se cromossomas.

     G2: (Pré-Mitótico) Síntese de mais proteínas e estruturas membranares. Ocorre crescimento                        celular.
11ºA 2014, 15x100




















     Como é possível visualizar, na imagem acima, o fim da interfase, os segmentos de DNA a condensar para o inicio da mitose ( neste caso da profase), isto é, finalização da fase de preparação para a divisão celular.


Mitose

     Fase mitótica  é constituída por um processo de mitose (duplicação de todos os cromossomas do núcleo original) e um de citocinese (divisão do citoplasma). Assim formam-se duas células-filhas idênticas entre si e à célula-mãe.
     A mitose é constituida por 4 etapas: Profase, Metafase, Anafase e Telofase.

     Profase

     É a etapa mais longa, nesta etápa da mitose, ocorre a condensação e encurtamento dos cromossomas. Em seguida, desaparece o nucléolo e a membrana nuclear desagrega-se.
     Os centrossomas (2 pares de centríolos) afastam-se para polos opostos formando entre eles o fuso acromático ou mitótico.
     No final da profase, o(s) nucleólos(s) desparece(m) e o invólucro nuclear desagrega-se.

11ºA 2014, 15x40

     Como é possível visualizar nesta imagem, já estam definidos os cromossomas, estes constituídos por 2 cromatideos, nesta fase estam espalhados pela célula, sem qualquer ordem de posicionamento.














     Metafase

     Nesta fase, observa-se a condensação máxima dos cromossomas. Estes estão ligados ao fuso acromático, dispõem-se no plano equatorial da célula, formando a chamada placa equatorial. Em seguida, os centrómeros encontram-se virados para o centro do plano equatorial, enquanto que os braços dos cromossomas voltam-se para fora deste plano, isto é, para os centríolos, que se encontram distribuídos nos polos.
11ºA 2014, 15x40

11ºA 2014, 15x40




















     Anafase

     Nesta etapa, verifica-se o rompimento do centrómero, separando-se os dois cromatídeos que constituíam, cada um dos cromossomas. Os cromossomas iniciam a ascensão polar ao longo das fibrilas dos microtúbulos. No final da anafase, cada polo da célula possui um conjunto de cromossomas (constituídos por um so cromatídeo fecha exatamente igual).


11ºA 2014, 15x100












     Telofase

     Nesta fase, inicia-se a organização dos núcleo-filhos. Forma-se um invólucro nuclear em torno dos cromossomas de cada núcleo-filho. Os cromossomas iniciam um processo de descondensação. As fiblilas do fuso acromático desorganizam-se. A mitose termina. A célula agora possui dois núcleos.

11ºA 2014, 15x40

     Na seguinte imagem, é possível identificar o fim da anafase e o consequente início da telofase, que nesta imagem, não é observável o estrangulamento na zona equatorial da célula.











     Citocinese

     Como já referido, a citocinese é uma das fases mitóticas.
     Esta fase é caraterizada, nas células vegetais, a existência de parede esquelética que não permite a citocinese por estrangulamento. Neste caso, verifica-se que vesículas resultantes do complexo de Golgi, contendo celulose são depositados na região equatorial da célula devido à ação orientadora de microtúbulos que se formam entre os dois polos celulares.
     Normalmente, esta inicia-se entre a anafase e a telofase.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Extração de DNA de Kiwi

     Nesta aula prática realizamos, atividade laboratorial, a extração de DNA a partir das células de Kiwi.
Ricardo Gomes, 2014
     Esta atividade teve como objetivo conhecer as técnicas de extração de DNA das células e também compreender  processo a necessário à extração de DNA.











Material 




Ricardo Gomes, 2014

  • Kiwi
  • Almofariz
  • Gobelé
  • Bisturi
  • Funil
  • Balança
  • Vidro de relógio
  • Banho-Maria (37ºC)
  • Gaze
  • Proveta de 100 ml
  • Lâminas e lamelas
  • Tubo de ensaio
  • Água destilada
  • Detergente da louça
  • Cloreto de Sódio
  • Etanol (5ºC)
  • Fucsina básica
  • Microscópio ótico





Ricardo Gomes, 2014

Processo: Esmagamento do Kiwi
Procedimento experimental


   Primeira fase

     Descascar um kiwi, cortá-lo em pequenos cubos e esmagá-lo num almofariz, de forma a que o kiwi se apresente de uma forma mais particularizar o mais possível, para que depois seja mais fácil realizar a experiência.
     Este processo é utilizado porque permite a separação dos tecidos do Kiwi.











   Segunda fase

Adicionar uma solução composta por: 
  • 100 ml de H2O
  • 10 ml de detergente da louça
  • 3 g de NaCl

     Nesta fase foi preparada a solução já referenciada para que cada um destes compostos pudesse atuar nas partículas de kiwi da seguinte forma:

          - O detergente da louça vai fazer com que as membranas se desagreguem da célula e também do núcleo, este é útil pois possibilita, uma vez mais, a "suposta" visualização das moléculas de DNA.

          - O cloreto de sódio, mais conhecido por sal, vai ser utilizado para neutralizar a carga negativa que as moléculas de DNA apresentam, isto devido ao grupo fosfato, isto acontece
porque como o NaCl têm carga positiva.

Ricardo Gomes, 2014

Processo: Mistura do Kiwi à solução
Ricardo Gomes, 2014

Solução: detergente da louça, água e NaCl

























Ricardo Gomes, 2014

Processo: continuação do esmagamneto


   Terceira fase


     Após a adição da solução anteriormente descrita, continuamos com o processo de esmagamento, este permite, uma vez mais, que essa solução pudesse atuar nas células do Kiwi.














Ricardo Gomes, 2014

Banho-maria


   Quarta fase

     Colocar o preparado, num gobelé, em banho-maria (37ºC) durante 15 minutos.















   Quinta fase


     Depois de estar em banho-maria durante os 15 minutos, iremos colocar o preparado numa proveta de 25 ml, com a utilização de um funil com a gaze, esta mesma irá funcionar com filtro, para que as pequenas partículas de Kiwi não estejam presentes no preparado, partículas essas que não têm qualquer interesse nos próximos procedimentos.
     Em seguida, iremos colocar apenas 5 ml de preparado numa outra proveta.
     Após efetuar esse procedimento, colocamos, então esses 5 ml num tubo de ensaio.
   
Ricardo Gomes, 2014

Filtraçaõ do preparado
Ricardo Gomes, 2014

Passagem da proveta (25ml) para proveta (5ml)






















Ricardo Gomes, 2014

Passagem da proveta (5ml) para o tubo de ensaio
   Sexta fase

     Seguidamente, colocamos, numa proveta de 10 ml, 5 ml de álcool etílico 96% (5ºC).
     Posteriormente, adicionamos os 5 ml de álcool etílico com o preparado.
     Neste procedimento, o álcool etílico foi utilizado porque, este, por estar a menor temperatura, irá levar a um choque térmico, e por tanto irá levar à criação de bolhas de ar que possibilitará a ascensão das moléculas de DNA

Ricardo Gomes, 2014

Medição de 5ml de álcool etílico
Ricardo Gomes, 2014

Passagem do álcool para o tubo de ensaio























   Sétima fase

          Deixar repousar até se observar a ascensão de uma camada gelatinosa.
     Posteriormente, devido à ascensão das moléculas do DNA até a uma região mais superior no tubo de ensaio possibilitará a recolha de DNA mais concentrado, de modo a termos melhores chance de poder visualizar.

Ricardo Gomes, 2014

Ricardo Gomes, 2014























   Oitava fase

     Após a recolha do concentrado, iremos proceder a preparação da amostra, para isso iremos utilizar a fucsina básica, esta irá dar uma tonalidade cor-de-rosa que "permitirá" visualizar as moléculas de DNA.
     Depois de preparada a amostra iremos proceder a visualização no microscópio ótico.


Ricardo Gomes, 2014

Ricardo Gomes, 2014

Preparação da amostra















Ricardo Gomes, 2014

Observação da amostra, é possível observar dois seres nesta imagem



   Conclusão

     A partir desta experiência foi possível ter conhecimento de um dos métodos de extração de DNA.
     Foi também possível verificar que com os meios que nos são fornecidos, e mesmo como os melhores meios especializados nesta matéria, não seria possível poder observar a molécula de DNA ao pormenor tal como ele é.
Ricardo Gomes, 2014