domingo, 12 de abril de 2015

Visita de estudo ás Serras de Valongo

     A saída de campo efetuada ás serras de Valongo, teve como âmbito o contacto direto com a diversidade, quer a nível da fauna, como da flora. A serras de Valongo para além da marca deixada pelas explorações romanas nas serras de Valongo, é também importante pelo facto de albergar, nos fojos e outras estruturas criadas pelo Homem, diversas espécies bastantes raras a nível mundial, isto devesse principalmente ao facto de haver condições propicias a vida deste organismos.
     
     Nesta saída de campo foi possível visitar, através da ajuda profissional do Centro de Interpretação Ambiental (CIA) localizado na Serra de Santa Justa, o fojo das pombas, depois foi realizada uma caminhada ao longo da serra da santa justa, onde foi possível ver diversos poços e marcas deixadas pelas trilobites, tal como certos elementos que caraterizam as florestas autóctones, tal como os carvalhos e pinheiros.


Ricardo Gomes, 2015
Ricardo Gomes, 2015




















Centro de interpretação ambiental

     Nas instalações da CIA nas serras da Santa Justa, antes de visitar o fojo das pombas, foi-nos apresentado diversos dados relativos ás caraterísticas, desde a era paleozóica até aos séculos de império romano, que são realçadas quando nos deparamos com a paisagem das serras de Valongo. 


Fotografia
Luís Teixeira, 2015
















     Seguidamente, após ter terminada a apresentação, foram apresentados os diversos fósseis em exposição, fósseis estes encontrados na serras, no qual estão destacados as trilobites e amonites (seres ,que são agora encontrados como fósseis, caraterísticos por ter vivido em ambientes submersos, a grande profundidade).



Ricardo Gomes, 2015



Ricardo Gomes, 2015



Ricardo Gomes, 2015

Fojo das Pombas

     Depois de abandonar-mos as instalações da CIA, procedemos a visita do fojo das pombas. Este fojo, como tantos outros nas serras de Valongo, são marcas da atividade mineira por parte dos romanos. Estes, à vários séculos atrás, procuravam um minério que serviria como moeda, nomeadamente, o ouro.

Fotografia
Luís Teixeira, 2015
Fotografia



     Na imagem à esquerda é visível a entrada para o fojo das pombas, a na seguinte imagem é possível visualizar-se as estruturas criadas para a extração do ouro. 
     Observamos , também, para além das estruturas, marcas deixadas que outrora foram utilizadas como auxílio à perfuração.
     Em seguida, os romanos utilizaram os filões de quartzo para o acesso do ouro, isto devesse ao fato de necessitarem de condições muito semelhantes para serem criados, logo existia uma grande probabilidade de encontrar ouro próximo dos filões de quartzo.
Ricardo Gomes, 2015

Ricardo Gomes, 2015



     Em seguida, em relação aos fojos e a todas as outras estruturas criadas pelos romanos, têm como objetivo a extração do ouro.
     Nesta explorações foram criadas estruturas como: Fojos (estruturas verticais com a função de ventilar e iluminar certas zonas das galerias) Galerias (estruturas horizontais com o desempenho de extrair o ouro.
Fotografia
Luís Teixeira, 2015
 Legenda: Parte de cima de um Fojo






Biodiversidade e suas condições ambientais



Ricardo Gomes, 2015

     As galerias e as estruturas criadas pelos romanos, possibilitam a criação de micro climas pelo facto de isolarem para amplitudes térmicas e fenómenos meteorológicos que impossibilitariam a sua sobrevivência, conferindo ás serras de Valongo características única em todo o planeta para albergar estas espécies raras. Em seguida, para além de não haver contacto das galerias com o exterior, este apresenta níveis de húmidas bastantes altos, o que possibilita albergar uma diversidade de musgos e fetos consideravelmente maior.
     Para além da plantas, estas estruturas são também utilizadas como lar, para diversos animais, desde morcegos a cobras e aranhas.
Ricardo Gomes, 2015

     Das diversas espécies que habitam nos fojos e galerias, destaca-se a Trichomanes speciosum, esta é uma planta rara, que apenas é possível com todas as condições que estas estruturas oferecem.


Fotografia
Luís Teixeira, 2015
Legenda: Feto




Paulo Pinheiro, 2015
Legenda: Trichomanes speciosum


Caminhada nas Serras de Valongo

Fotografia
Ricardo Gomes, 2015

     Depois da visita ao Fojo das Pombas, iniciamos uma caminhada ao longo da Serra da Santa Justa.      Nesta caminhada foi possível observar diversos icnofosseis, nomeadamente as bilobites ( marcas de atividade das trilobites nos fundos oceânicos). Em seguida, foi visível ver Ripple Mark (marcas de marés que ficaram inscritas durante a diagénese).
Ricardo Gomes, 2015
Legenda: Ripple Mark

Ricardo Gomes, 2015
Legenda: Bilobites
Floresta autóctone

     A biodiversidade da zona de Valongo alberga diversas plantas autóctones, nomeadamente: o azevinho, os carvalhos, os sobreiros, os castanheiros, entre outros.
     As florestas autóctones são caraterizadas por:

          -Ajudarem a manter a fertilidade do espaço rural, o equilíbrio biológico das paisagens e a diversidade dos recursos genéticos;
          -As florestas autóctones estão mais adaptadas às condições do solo e do clima do território, por isso são mais resistentes a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa, em comparação com espécies introduzidas;
          -As florestas autóctones exercem um importante papel na regulação e melhoria do clima, bem como no sequestro de carbono da atmosfera contribuindo para a redução do efeito estufa;


Fotografia
Luís Teixeira, 2015
Legenda: Azevinho
Fotografia
Luís Teixeira, 2015
Legenda: Carvalho
Fotografia
Luís Teixeira, 2015


Informação extra/curiosidades


Ricardo Gomes, 2015
Legenda: Rocha metamórfica que teve origens sedimentares,
 é visível os estratos
Paulo Pinheiro, 2015
Legenda: Rocha metamórfica com
quartzito incorporado





Paulo Pinheiro, 2015
Legenda: É uma rocha que sofreu meteorização química
 e erosão conferindo pontos negros à rocha





Reflorestação das Serras de Valongo

     As serras de Valongo, nos últimos anos, têm sofrido constantes incêndios, o que poderá afetar depois com uma constante ameaça de escorregamento de massa, podendo provocar diversos danos.

Fotografia
Luís Teixeira, 2015

Anticlinal de Valongo 

     A zona de Valongo é também caraterizada por possuir um anticlinal ( dobra vertical com a convexidade voltada para cima, podem ser designadas por dobras positivas ou dobras em abóbada).
Ricardo Gomes, 2015
     

Legenda: Representação de um anticlinal








Falha

     Já no final da nossa caminhada, visualizamos num bloco de rocha uma falha, falha esta em que o teto desce em relação ao muro.

Paulo Pinheiro, 2015


Fotografia
Luís Teixeira, 2015





Movimentos de massas

     Durante a caminhada, visualizamos umas determinadas árvores que estão apresentadas com uma curvatura na parte inicial do tronco, isto devesse essencialmente ao fenómeno de movimento de massas, em que a terra cede e a terra desliza ao longo do plano, provocando em certos casos, danos na paisagem e na população. 
     Isto acontecesse quando a terra fica saturada de água, e não existe vegetação para absorver, e muitas vezes devesse, em certos casos, ao facto do Homem remover massas de terra ao vegetação.
Ana Roque, 2015









Processo de meteorização e erosão do rio Ferreira

     O Rio Ferreira é um rio português que tem nascente em Paços de Ferreira e desagua no rio Sousa no lugar da Ribeira de Cima, Foz do Sousa no concelho de Gondomar.
     Estes dois processos, meteorização e erosão são responsáveis por levar os sedimentos que são retirados do interior dos continentes até as zonas oceânicas, por intermédio dos rios.
     Este rio foi outrora utilizado na lavagens dos minerais retirados das minas pelos romanos.


Ricardo Gomes, 2015
Fotografia
Luís Teixeira, 2015




















Bibliografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Ferreira
http://www.quercus.pt/artigos-floresta/2470-o-que-e-uma-floresta-autoctone
https://www.google.pt/search?q=anticlinal&biw=1280&bih=685&source=lnms&tbm=isch&sa


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